No tecido complexo da sociedade, os professores desempenham um papel fundamental e multifacetado, moldando mentes jovens e orientando o futuro da nação.
Como guardiões do conhecimento e facilitadores do aprendizado, sua influência transcende as salas de aula, deixando uma marca indelével em cada geração. No entanto, apesar de sua importância vital, o reconhecimento e a remuneração adequada dos professores frequentemente permanecem como desafios persistentes em muitas partes do mundo.
Para compreender plenamente a questão da remuneração dos professores, é essencial analisar as nuances que permeiam os diferentes níveis de ensino.
Desde a educação infantil até o ensino universitário, cada etapa do percurso educacional demanda habilidades específicas e um compromisso inabalável por parte dos educadores.
Neste artigo, vamos fornecer uma visão panorâmica das médias salariais em diferentes níveis de ensino, destacando as disparidades e os desafios enfrentados pelos profissionais da educação em sua jornada.
Quais são as oportunidades para quem sonha ser professor?
No Brasil ainda é uma profissão que precisa ser mais bem remunerada e valorizada. Mas, aos poucos, os professores vêm conquistando o reconhecimento merecido.
O Governo Federal implementou um programa nacional de valorização da docência, beneficiando diretamente os professores que trabalham no ensino fundamental e médio das escolas públicas brasileiras. As medidas resultaram na criação de um piso salarial unificado, válido em todo o Brasil.
Além disso, o crescimento do número de instituições de ensino de diversos níveis – especialmente o superior – tem criado novas oportunidades de trabalho para quem quer se aventurar pelo campo da docência.
Outro fator decisivo para a valorização da carreira é a grande oferta de cursos de licenciatura disponíveis nas universidades públicas e privadas. A maioria desses cursos pode ser feita na modalidade a distância, com toda comodidade e a certeza de, ao final, obter um diploma de nível superior reconhecido no mercado de trabalho.
Com tantos pontos a favor, descubra abaixo qual o piso salarial do professor, quanto ganha este profissional em diversos estados brasileiros, as melhores oportunidades e o que fazer para entrar nesta carreira!
Qual é o piso salarial do professor?
A regulamentação do piso salarial do professor foi feita por meio da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008.
Essa lei se aplica a profissionais do magistério público da educação básica que desempenham atividades de docência ou de direção, administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacional em escolas de ensino básico.
De acordo com a lei, todos os anos, durante o mês de janeiro, o Governo deve publicar um reajuste do piso salarial dos professores.
O valor atual, em 2022, é de R$ 3.845,63. Ou seja, nenhum professor que se enquadre na descrição acima pode receber salário menor que esse valor.
Esse é o mínimo que os professores da rede pública de ensino básico devem ganhar. Contudo, alguns estados ainda não cumprem a lei totalmente, e os valores seguem variando por todo o Brasil – alguns pagam bem mais, outros bem menos.
Veja a seguir quanto recebem os professores nas redes públicas e particulares de ensino pelo país.
Qual é o piso salarial do professor de ensino básico na rede pública?
A maioria dos estados segue a determinação do Governo Federal e paga o piso salarial aos professores. Outros ainda precisam cumprir a lei.
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), publicado em 2018, as médias salariais dos professores divergem bastante entre os estados brasileiros.
Confira abaixo a média salarial do professor da rede pública, padronizada para uma carga horária de 40 horas semanais, por estado. Os dados são do estudo do INEP de 2018:
Acre: R$ 3435,37
Alagoas: R$ 2146,72
Amazonas: R$ 3083,63
Amapá: R$ 2458,95
Bahia: R$ 2451,00
Ceará: R$ 2034,91
Distrito Federal: R$ 5206,48
Espírito Santo: R$ 3365,24
Goiás: R$ 2871,23
Maranhão: R$ 2192,32
Minas Gerais: : R$ 3663,69
Mato Grosso do Sul: R$ 3275,06
Mato Grosso: R$ 3597,39
Pará: R$ 2842,98
Paraíba: R$ 2176,38
Pernambuco: R$ 2314,50
Piauí: R$ 2602,04
Paraná: R$ 3227,30
Rio de Janeiro: R$ 2928,57
Rio Grande do Norte: R$ 1909,05
Rio Grande do Sul: R$ 3675,15
Rondônia: R$ 2972,61
Roraima: R$ 3051,05
Santa Catarina: R$ 3324,41
São Paulo: R$ 3957,41
Sergipe: R$ 1804,70
Tocantins: R$ 3213,71
Qual é o piso salarial do professor de ensino básico na rede particular?
Na rede privada de ensino o cenário é diferente. Aqui os salários variam de acordo com a negociação entre professores e escolas.
De acordo com levantamento feito pela plataforma Catho no último ano, as médias salariais entre professores de diferentes áreas e estados mudam bastante, variando de R$ 1.700 a R$ 5 mil.
Para atuar no ensino fundamental, os professores recebem uma média salarial de R$ 2.941,30 para ensinar disciplinas regulares, enquanto os de educação física recebem R$ 3.035,21.
Já para o ensino médio, os professores recebem em média R$ 3.861,64 para práticas pedagógicas e de R$ 3.749,40 para o ensino de línguas estrangeiras.
Já os professores que dão aula para o ensino superior são os que encontram as melhores propostas, com remuneração acima da média. Para lecionar Administração de Empresas e Direito, por exemplo, chegam a receber, em média, até R$ 8.761,33 e R$ 7.130,89, respectivamente..
Os valores mudam de estado para estado e, atualmente, Distrito Federal, Pará, Maranhão e Santa Catarina estão no topo da lista dos que melhor remuneram os professores.
Veja a distribuição em alguns estados:
Acre: R$ 3.386,51
Alagoas: R$ 2.550,29
Amapá: R$ 2.078,36
Amazonas: R$ 2.960,57
Bahia: R$ 3.267,77
Ceará: R$ 2.496,07
Distrito Federal: R$ 5.167,64
Espírito Santo: R$ 3.924,32
Goiás: R$ 3.873,49
Maranhão: R$ 4.223,44
Mato Grosso: R$ 4.187,99
Mato Grosso do Sul: R$ 4.071,85
Minas Gerais: R$ 3.631,20
Pará: R$ 4.341,34
Paraíba: R$ 3.329,40
Paraná: R$ 3.049,56
Pernambuco: R$ 3.435,84
Piauí: R$ 3.110,70
Rio de Janeiro: R$ 3.399,90
Rio Grande do Norte: R$ 1.798,51
Rio Grande do Sul: R$ 2.944,78
Rondônia: R$ 3.811,61
Roraima: R$ 3.660,94
Santa Catarina: R$ 4.219,02
São Paulo: R$ 3.464,68
Sergipe: R$ 2.797,33
Tocantins: R$ 3.496,85
Qual é o piso salarial do professor do ensino superior?
Não há um piso salarial fixo para professores da rede superior de ensino, seja ela pública ou privada. O salário varia de acordo com a qualificação do profissional, o tempo de experiência e o tipo de instituição para a qual trabalha – que podem ser universidades federais, estaduais e municipais, institutos federais de educação ou faculdades particulares.
Nas universidades federais, por exemplo, existe uma variedade de cargos que um professor pode ocupar, além do grau que ele possui. Por exemplo, se o professor é titular e possui doutorado, ele obterá o maior salário.
Os salários variam da seguinte forma, considerando dedicação de 40 horas semanais:
Professor titular: entre R$ 6.684,19 e R$ 12.449,30
Professor associado: entre R$ 5.402,02 e R$ 11.317,55
Professor adjunto: entre R$ 3.841,90 e R$ 8.049,01
Professor assistente: entre R$ 3.468,20 e R$ 6.782,50
Professor auxiliar: entre R$ 3.130,85 e R$ 6.122,77
Os dados acima são conforme última tabela (2019) publicada pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes).
Nas universidades privadas, os valores também variam bastante de estado para estado e por grau de formação e tempo de carreira.
De acordo com a plataforma Glassdoor, o salário de um professor universitário varia de R$ 3.000 por mês a R$ 17.154, atingindo uma média de R$ 9.842.
Já para o Vagas.com, o salário varia de R$ 3.231 a R$ 7.523, conforme o nível de experiência.
Lembre-se que para ser professor universitário é preciso investir em pós-graduações de alto nível. Para as públicas, ter mestrado (e às vezes doutorado) é essencial. As particulares exigem no mínimo especialização. Mas quanto maior o seu nível acadêmico, maiores serão os salários.
O professor pode ser de Biologia, Música, Direito, Engenharia, Pedagogia, Artes, Comunicação, Medicina, Arquitetura, Língua Portuguesa… Enfim, todas as áreas de conhecimento precisam – e muito – de bons professores.
Também existem cursos específicos para quem já sabe, antes de fazer o vestibular, que quer ser professor. São as chamadas licenciaturas. Elas estão disponíveis em diversas áreas e preparam os profissionais para atuação, primeiramente, nas redes de ensino fundamental e médio – seja na docência ou na administração escolar.
As licenciaturas são fáceis de achar em universidades públicas e privadas, podendo ser cursadas presencialmente ou a distância.
Algumas das licenciaturas mais comuns são:
Artes
Ciências
Ciências Biológicas
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Letras
Matemática
Pedagogia
Química
Sociologia
Profissionais formados em cursos de bacharelado ou superiores de tecnologia podem se tornar professores conforme vão conquistando novas titulações (especialista, mestre, doutor, etc.).
Onde estudar para ser professor?
Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC a oferecer cursos de licenciatura em diversas áreas de conhecimento:
