O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é uma iniciativa do governo federal que facilita o acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior privado por meio empréstimos a juros baixos e prazo longo para pagar a dívida.
Até pouco tempo, todos os que cumpriam os requisitos de participação conseguiam o financiamento. No entanto, o orçamento foi limitado e as vagas também. Em 2015, o FIES virou um processo seletivo que usa como critério de classificação a nota do Enem. E as mudanças não pararam mais de acontecer! Praticamente todo ano tem uma novidade.
Em 2018, o FIES passou por mais uma série de mudanças que vão desde os requisitos para se inscrever até os tipos de contrato e as taxas de juros.
Confira o guia que preparamos sobre o FIES 2018 e descubra o que mudou. Assim você fica bem preparado para concorrer ao benefício. Vamos lá?
Veja o que muda no FIES a partir de 2018
Com o FIES, a gente só descobre os detalhes exatos sobre critérios de participação e regras de pagamento quando sai o edital de cada edição (são duas por ano).
Aqui você vai ver um apanhado do que o Ministério da Educação (MEC) já divulgou sobre o que vai mudar no FIES a partir de 2018. São sete itens principais. Confira:
Renda familiar
Até o segundo semestre de 2017, só podia participar do processo seletivo do FIES quem tinha renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa.
No FIES 2018, o teto de renda familiar varia de 3 a 5 salários mínimos por pessoa, dependendo do tipo de contrato. Essa regra vale para as duas edições do FIES 2018.
Tipos de contrato
Até o FIES 2017, havia apenas um tipo de contrato que deveria ser assinado por todos os candidatos. A partir de 2018, serão oferecidos três tipos de contratos de acordo com o perfil do estudante (vamos falar deles mais adiante).
Valor das parcelas
As parcelas mensais que o beneficiário do FIES tem que pagar variam caso a caso e dependem de variáveis como o percentual financiado, o valor total da mensalidade do curso e a fase de pagamento.
Porém até 2017 o valor da parcela de quitação da dívida não dependia do comprometimento de renda.
A partir de 2018, o FIES não poderá cobrar parcelas maiores do que 10% da renda mensal do contratante.
Carência
O período de carência é um tempo dado ao estudante para que ele possa se organizar financeiramente e começar a quitar a dívida. Até 2017, esse prazo era de 18 meses após a formatura.
Com o novo FIES, o contratante começará a pagar a dívida assim que conseguir um emprego formal (com carteira assinada) após o término do curso. As parcelas poderão ser deduzidas diretamente do salário.
Juros
O contrato único das edições do FIES até o fim de 2017 previa juros de 6,5% ao ano.
No FIES 2018, as taxas de juros vão depender do tipo do contrato selecionado. Em uma das modalidades, por exemplo, haverá juro zero e a dívida será corrigida somente pela inflação.
Valor financiado
Quanto ao valor do financiamento, essa informação era divulgada levando em conta somente os números de cada semestre.
No novo FIES, o candidato já saberá o valor total do contrato por toda a graduação.
Na segunda edição do FIES 2018, o benefício vai cobrir pelo menos 50% da mensalidade.
Limite da mensalidade
Até o FIES de 2017, o valor máximo mensal de financiamento para um curso era de R$ 5 mil. Na segunda edição do FIES 2018, esse limite aumenta para R$ 7 mil para quem se enquadrar na modalidade 1 do FIES.
Novos tipos de contrato do FIES a partir de 2018
Como você viu acima, o FIES vai trabalhar com três tipos de contrato a partir de 2018.
O primeiro tipo (modalidade 1) oferece juro zero e é disponibilizado a candidatos com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa.
O segundo tipo de contrato (modalidade 2) é pensando para residentes das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do país com renda familiar bruta mensal de até cinco salários mínimos por pessoa. Nessa modalidade, os juros são de até 3% ao ano, mais a correção monetária .
O terceiro contrato (modalidade 3) tem mais a ver com quem vai bancar o financiamento (governo ou bancos, por exemplo). As regras e juros para essa modalidade ainda não foram definidos.
Quem pode se inscrever no FIES 2018?
Para se inscrever no processo seletivo do FIES 2018 é necessário obedecer aos seguintes critérios:
- Ter obtido pelo menos 450 pontos na média das provas e não ter zerado a redação do Enem. Pode ser usada qualquer edição do Exame a partir de 2010.
- Possuir renda familiar bruta mensal de até 3 salários mínimos por pessoa ou até 5 salários mínimos por pessoa, dependendo do tipo de contrato.
NÃO pode participar do programa o candidato que:
- Estiver com a matrícula trancada
- Já estiver usando o FIES para financiar outro curso
- Estiver inadimplente com o Programa de Crédito Educativo (PCE / CREDUC)
- For bolsista integral do ProUni
- For bolsista parcial do ProUni em outro curso que não o da inscrição do FIES
Faculdades que aceitam o FIES
Para oferecer vagas em suas graduações pelo FIES, as instituições de ensino devem sem bem avaliadas e reconhecidas pelo MEC. A lista de universidades participantes e cursos disponibilizados varia de acordo com o semestre.
Dê uma olhada em exemplos de faculdades que costumam participar do programa:
- Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
- Universidade Estácio de Sá (UNESA)
- Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
- Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) – no Distrito Federal
- Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
- Universidade de Franca (UNIFRAN)
- Faculdade Pitágoras (PITÁGORAS) ? em Minas Gerais
- Unicesumar (a distância)
- Centro Universitário UNIBTA
Veja também:
Está se preparando para tentar uma vaga em algum curso pelo FIES 2018? Conte para a gente aqui nos comentários!