Musicoterapia: o que é, benefícios e como trabalhar nessa área

Nos últimos anos, a profissão de musicoterapeuta vem chamando a atenção dos estudantes que gostam de música e da área de saúde. E isso não é por acaso, uma vez que essa carreira é a junção de alguns conceitos do mundo musical aplicados na recuperação de pacientes.

Se você é do ramo das artes, mas também quer trabalhar diretamente ajudando as pessoas, a musicoterapia é uma ótima alternativa pra você! Mas será que você sabe exatamente o que faz um musicoterapeuta? Vamos explorar esse tópico no artigo de hoje!

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O que é a musicoterapia?

A musicoterapia é uma inovação, uma profissão híbrida entre a arte e a saúde. Foi estabelecida como terapia apenas em 1972, ela é uma ciência tecnicamente recente, se comparada às terapias convencionais. 

O tratamento consiste na composição de melodias, ritmos e batidas que, quando utilizados da forma correta, trazem enormes benefícios para a vida e para a autoestima dos pacientes. Esse tipo de tratamento pode ser usado em todas as áreas da saúde, tanto na prevenção de doenças, como em seu tratamento, além da promoção de qualidade de vida. 

Um exemplo de sucesso são aqueles músicos que realizam trabalhos voluntários em creches e asilos. Isso acalma o coração e supre a carência, já que a música tem um papel fundamental na saúde mental das pessoas.

Benefícios da musicoterapia

A musicoterapia pode ter benefícios em diversas áreas da mente e do corpo, atuando no tratamento, prevenção de doenças, e na qualidade de vida dos pacientes. Confira alguns dos principais benefícios abaixo:

Tratamento de doenças degenerativas

A música ativa regiões do cérebro responsáveis pela memória, de acordo com um estudo publicado em 2014, que mostra como o cérebro se comporta em relação à música. Assim, a musicoterapia pode atuar na prevenção, tratamento e diminuição de efeitos de doenças degenerativas como o Alzheimer. A música é capaz de estimular partes do cérebro que estavam adormecidas e que não eram utilizadas há muito tempo, sendo muito eficaz para diversos tipos de demência. 

Melhora no quadro clínico de câncer

A musicoterapia já foi comprovada como um elemento que pode diminuir os efeitos da dor, da ansiedade e da fadiga, o que pode colaborar muito para pacientes com casos de câncer. Pessoas que fazem tratamentos dolorosos, se o fazem com acompanhamento musical, podem sentir menos dor. Além disso, a música melhora o quadro psicológico dos pacientes, tornando a recuperação mais provável. Estudos mostram que a musicoterapia é capaz de diminuir, a longo prazo, a quantidade de medicamentos necessários para os pacientes com câncer.

Doenças cardíacas

Em um estudo publicado pelo Cochrane Library, a música melhora a frequência cardíaca e respiratória, pode reduzir a pressão sanguínea e diminuir os níveis de estresse. Além disso, ela pode melhorar o quadro de Doença Arterial Coronária.

Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

Estudos recentes indicam que a musicoterapia tem efeito no tratamento de vítimas de traumas que desenvolveram o quadro de TEPT. Esse é um avanço recente, que propõe um caminho para melhora de um quadro que antes era visto como irreversível.

Autismo

Estudos que observam os efeitos da música no cérebro apontam que as mesmas partes da comunicação do cérebro são ativadas com estímulo musical. As pessoas que possuem o Transtorno de Espectro Autista possuem dificuldade em se comunicar, e a musicoterapia pode desenvolver e melhorar esse quadro. 

Além disso, a musicoterapia tem se mostrado eficaz na recuperação de pessoas que tiveram derrames, recuperando sua comunicação social, no tratamento da amnésia, pois estimula a memória, e de problemas para dormir, já que a música relaxa e proporciona higiene do sono. Ademais, a musicoterapia atua também na recuperação de parte do cérebro pouco desenvolvida em casos de afasia. 

São muitos os benefícios da musicoterapia, e ela pode contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas, sendo em grupo ou pacientes individuais. Esse tipo de técnica comprova que há muitas outras formas de se tratar um problema além do mero uso de remédios. 

O que faz um musicoterapeuta?

O musicoterapeuta usa a música e seus elementos, como o som, ritmo, melodia e harmonia, para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. 

Emprega instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar pessoas com distúrbios da fala e da audição ou deficiência mental.

Atua, também, na área de reabilitação motora, no restabelecimento das funções de acidentados ou de convalescentes de acidentes vasculares cerebrais. 

Auxilia estudantes com dificuldade de aprendizado e contribui para melhorar a qualidade de vida de idosos e pacientes de doenças crônicas. Ademais, o papel da música é o de atuar promovendo a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração de menores infratores.

Pode trabalhar em hospitais, clínicas, instituições de reabilitação ou centros de geriatria e gerontologia.

Mercado de trabalho para o musicoterapeuta

A inclusão da musicoterapia na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionou novas possibilidades de atuação para o musicoterapeuta. 

O profissional pode prestar concurso público para atuar na rede pública de saúde. Há outras oportunidades em hospitais, clínicas de reabilitação, ONGs, asilos, clínicas para dependentes químicos, entre outros.

Quanto ganha um musicoterapeuta?

A demanda pelo profissional ainda é maior do que a quantidade de profissionais disponíveis no mercado e isso impacta diretamente no valor de suas remunerações.

Por conta disso, o salário desses profissionais acaba sendo muito bom, por não haver tanta concorrência no mercado. Por mês, um musicoterapeuta ganha em média de R$2 mil a R$7 mil.

Como é o curso de musicoterapeuta

O curso Musicoterapia é uma formação de nível superior com titulação de bacharelado. A graduação possui duração média de quatro anos, e é ofertada em instituições públicas e privadas. 

A grade curricular de musicoterapia combina as disciplinas do curso de música e do campo da neurociência

Além disso, os estudantes têm contato com matérias práticas sobre as técnicas e processos da musicoterapia. A graduação exige a realização de um estágio obrigatório e a apresentação de uma monografia no final do curso. 

A má notícia é que, infelizmente, por se tratar de um curso relativamente novo, são poucas as instituições oferecendo essa formação. Se estiver interessado, saiba que você poderá encontrá-la nas seguintes faculdades:

  • Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU)
  • Faculdade de Artes do Paraná (FAP)
  • Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Conservatório Brasileiro de Música – Centro Universitário (CBM – CEU)
  • Faculdade EST

Leia mais: Quais são as melhores faculdades de música?

Na Quero Bolsa é possível encontrar bolsas de estudo para cursar Musicoterapia na modalidade EaD.

Onde estudar para ser musicoterapeuta?

Como dissemos acima, pode ser difícil encontrar boas faculdades para realizar o curso de musicoterapia, já que a oferta do curso ainda é escassa.

Mas se você realmente quer atuar nesse campo, não precisa desanimar! A maioria dos profissionais atuais realiza uma formação dentro de uma área semelhante, como Música, e então faz uma especialização em musicoterapia.

Leia mais: Conheça mais sobre o curso de Arteterapia

Nesses casos, o ideal é caprichar na hora de escolher uma boa faculdade. Para ajudá-lo, listamos algumas ótimas instituições que podem ajudar você a se tornar um musicoterapeuta.

Além de contar com diversos benefícios financeiros (como usar sua pontuação do Enem para conseguir descontos nas mensalidades), elas também são bem avaliadas pelo próprio Ministério da Educação. 

Isso significa que a qualidade do ensino é assegurada por um órgão federal e que seu diploma terá validade em todo o território nacional.

Confira:

Agora você já pode dar o próximo passo na sua formação acadêmica e profissional e começar a estudar na área de musicoterapeuta!

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