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Como trabalhar embarcado? Veja cursos, salários e profissões

Homem branco com colete trabalha embarcado.

Em resumo:

  • Trabalhar embarcado significa atuar em navios, plataformas ou embarcações offshore, em regime de escala, geralmente 14×14.
  • Formação exigida: ensino técnico ou superior em áreas como Engenharia Naval, Petróleo e Gás, Mecânica, Eletrotécnica ou Ciências Náuticas, além de certificações obrigatórias, como curso de Salvatagem e HUET.
  • Principais profissões: engenheiro de petróleo, oficial de náutica, técnico em mecânica, marinheiro de convés, enfermeiro e cozinheiro offshore.
  • Salários da área variam entre R$ 6.000 e R$ 50.000 por mês, conforme o cargo e a experiência.

Trabalhar embarcado é mais do que uma profissão — é um estilo de vida que une desafios, técnica e aventura. A expansão das atividades offshore no Brasil, impulsionada pelo setor de petróleo, gás e transporte marítimo, tem aberto espaço para milhares de profissionais em busca de uma carreira sólida e bem remunerada em alto-mar.

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Neste guia completo sobre como trabalhar embarcado, é possível entender o que é necessário para iniciar na área, quais cursos são exigidos, as principais profissões do setor, salários médios e o perfil ideal para quem pretende atuar em plataformas de petróleo, navios mercantes ou embarcações de apoio.

Do marinheiro ao engenheiro de petróleo, cada função tem um papel fundamental no funcionamento seguro e eficiente das operações marítimas. E, embora a rotina seja exigente, as recompensas vão muito além da remuneração: envolvem crescimento profissional, estabilidade e experiências únicas em um ambiente que poucos conhecem de perto.

Homem branco com colete trabalha embarcado.

O que é preciso para trabalhar embarcado?

Trabalhar embarcado exige formação técnica ou superior, preparo físico e emocional, além de disposição para atuar em um ambiente desafiador e altamente regulado. 

As oportunidades vão de cargos operacionais até funções de engenharia e gestão, com requisitos que variam conforme o tipo de embarcação e o segmento — seja na indústria naval, na exploração de petróleo ou em operações logísticas offshore.

O primeiro passo é buscar qualificação na área marítima ou industrial, em cursos como Engenharia Naval, Petróleo e Gás, Mecânica, Eletrotécnica, Segurança do Trabalho ou Ciências Náuticas. 

Formações reconhecidas por instituições como o SENAI, universidades públicas e privadas, ou pela Marinha do Brasil ampliam as chances de inserção nesse mercado.

Além da formação, há certificações obrigatórias e treinamentos específicos exigidos pela Marinha do Brasil e pela Convenção STCW, que asseguram a capacitação técnica e a segurança a bordo.

Por outro lado, o sucesso na carreira embarcada depende também de habilidades comportamentais. O ambiente em alto-mar exige resiliência, disciplina, cooperação e boa comunicação, uma vez que as jornadas são longas e a convivência em equipe é constante.

Em geral, as empresas buscam profissionais com:

  • Idade mínima de 18 anos;
  • Ensino médio completo;
  • Boa saúde física e mental;
  • Certificado de reservista (para homens);
  • Postura responsável e colaborativa.
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Qual o perfil exigido para trabalhar embarcado?

O trabalho embarcado exige muito mais do que qualificação técnica. É uma rotina que testa resistência física, estabilidade emocional e capacidade de convivência em equipe, já que os profissionais passam longos períodos em alto-mar, com jornadas intensas e contato limitado com a família.

As empresas do setor, como Petrobras, Transpetro e companhias de apoio marítimo, valorizam candidatos com disciplina, comprometimento e atitude colaborativa — características indispensáveis em um ambiente onde segurança e precisão são prioridades absolutas.

Entre as competências comportamentais mais importantes estão:

  • Responsabilidade e foco em segurança;
  • Trabalho em equipe e respeito às hierarquias;
  • Proatividade e capacidade de decisão sob pressão;
  • Boa comunicação, especialmente com o uso do inglês técnico, comum nas operações internacionais;
  • Equilíbrio emocional e tolerância ao estresse, essenciais para lidar com o isolamento e as condições desafiadoras do mar.

Além do comportamento adequado, é fundamental conhecer e cumprir as normas de segurança e operação estabelecidas pela Marinha do Brasil e por convenções internacionais como a STCW e as NORMAM, que orientam o trabalho a bordo.

Quais cursos é preciso fazer para trabalhar embarcado?

Para atuar embarcado, é obrigatório cumprir uma série de exigências estabelecidas pela Marinha do Brasil e por órgãos reguladores do setor marítimo e offshore.

As qualificações variam conforme a função — seja em plataformas de petróleo, embarcações de apoio, navios mercantes ou operações portuárias —, mas há formações básicas que são comuns à maioria das profissões do setor.

O principal requisito para quem deseja embarcar é o Curso Básico de Segurança de Plataforma (CBSP), também conhecido como Curso de Salvatagem. Oferecido por instituições homologadas pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), ele prepara o profissional para situações de emergência, com treinamentos práticos em:

  • combate a incêndio;
  • primeiros socorros;
  • abandono de plataforma;
  • técnicas de sobrevivência no mar.

O CBSP tem validade de cinco anos e deve ser renovado por meio de um curso de atualização, obrigatório para manter a certificação ativa.

Outro treinamento essencial é o HUET (Helicopter Underwater Escape Training), exigido de quem se desloca de helicóptero até plataformas offshore. O curso simula emergências aquáticas e ensina como escapar de aeronaves submersas — uma habilidade indispensável para a rotina offshore moderna.

Para quem atua em navios mercantes, o Curso de Segurança Pessoal e Responsabilidades Sociais (EPS) é exigência da Convenção STCW (Standards of Training, Certification and Watchkeeping for Seafarers), tratado internacional que padroniza a formação e certificação de marítimos em todo o mundo.

Além dos cursos de segurança, o candidato precisa ter formação técnica ou superior específica para a função desejada.

Alguns exemplos comuns incluem:

  • Técnico em Mecânica, Eletrotécnica, Instrumentação, Química ou Petróleo e Gás — cargos técnicos em plataformas e embarcações industriais;
  • Graduação em Engenharia (Mecânica, Elétrica, Civil, de Produção etc.) — funções de supervisão e gestão;
  • Curso de Marítimo Profissional (Aquaviário) — obrigatório para tripulantes, conforme as Normas da Autoridade Marítima (NORMAM);
  • CFAQ (Curso de Formação de Aquaviários) — oferecido pela Marinha, forma profissionais em categorias como Marinheiro de Convés e Marinheiro de Máquinas.

Somente instituições credenciadas pela Marinha do Brasil podem emitir certificados válidos para o embarque. Por isso, é fundamental verificar a lista de centros de treinamento reconhecidos disponível no site da Diretoria de Portos e Costas (DPC) antes de se inscrever.

Em alguns casos, empresas offshore oferecem programas internos de capacitação ou parcerias com escolas técnicas, como o SENAI e o OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra), para formação de novos profissionais.

Confira: Engenharia: conheça os 10 principais tipos
+ Essas são profissões que só precisam de curso técnico; confira 

Quais os valores dos cursos para trabalhar embarcado?

Os custos para se qualificar e obter as certificações obrigatórias para trabalhar embarcado variam conforme o tipo de curso, a instituição e a região do país. De modo geral, o investimento inicial inclui os treinamentos de segurança, exigidos pela Marinha do Brasil, e a formação técnica ou superior voltada à função desejada.

Preços dos cursos de segurança obrigatórios

  • Curso Básico de Segurança de Plataforma (CBSP): também chamado de Salvatagem, tem custo médio entre R$ 1.200 e R$ 2.000. A validade é de cinco anos, e o curso é exigido para praticamente todas as funções embarcadas.
  • Curso HUET (Helicopter Underwater Escape Training): pode ser feito junto com o CBSP ou separadamente. Quando realizado de forma independente, o investimento fica entre R$ 600 e R$ 1.000.
  • Curso de Segurança Pessoal e Responsabilidades Sociais (EPS): obrigatório para quem trabalha em navios mercantes, com custo médio de R$ 800 a R$ 1.500.

Esses cursos costumam ter carga horária intensiva (3 a 5 dias) e incluem práticas supervisionadas, simuladores e atividades de campo.

Valores da formação técnica e profissional

  • Curso de Formação de Aquaviários (CFAQ): voltado a quem deseja ingressar na carreira de marítimo, tem custo médio entre R$ 2.000 e R$ 3.500, variando conforme a categoria (Marinheiro de Convés, de Máquinas etc.).
  • Cursos técnicos: como Técnico em Petróleo e Gás, Eletrotécnica, Mecânica ou Segurança do Trabalho, apresentam valores entre R$ 4.000 e R$ 12.000 no total, com duração média de um a dois anos.
  • Graduações superiores: como Engenharia Naval ou Engenharia de Petróleo, têm custos mais elevados, mas ampliam as possibilidades de atuação em cargos de supervisão e gestão.

Qual o salário para trabalhar embarcado?

O salário de quem trabalha embarcado varia de acordo com a função exercida, a experiência profissional e o porte da empresa contratante. No geral, as remunerações no setor são mais altas do que em cargos equivalentes em terra, refletindo o nível de especialização exigido e as condições de trabalho em alto-mar.

Segundo dados da Glassdoor, a média salarial para um Técnico Offshore no Brasil é de cerca de R$ 15.498 por mês, podendo variar entre R$ 6.028 e R$ 12.028, conforme o nível de experiência e a região.

Profissões especializadas, como Engenheiro de Petróleo, Operador de Plataforma, Supervisor de Produção, Enfermeiro Offshore e Cozinheiro Marítimo, costumam apresentar faixas salariais mais amplas, que vão de R$ 10.000 a R$ 50.000 por mês, segundo o site Shelter Cursos.

Além do salário fixo, a maioria das empresas oferece benefícios complementares, que podem incluir:

  • Alimentação;
  • Hospedagem;
  • Transporte;
  • Seguro de vida;
  • Auxílio-educação;
  • Auxílio-creche.

É difícil trabalhar embarcado?

Trabalhar embarcado envolve desafios que vão além das atividades técnicas de cada profissão. As principais dificuldades estão ligadas ao isolamento, à rotina intensa e às condições físicas e psicológicas que o ambiente offshore impõe.

Longos períodos longe de casa

As escalas de trabalho geralmente seguem o formato 14×14 (14 dias embarcado e 14 em terra), o que exige boa adaptação emocional. Ficar longos períodos afastado da família e do convívio social é um dos aspectos mais desafiadores para quem está começando na carreira.

Jornada e ambiente exigentes

As atividades a bordo costumam ocorrer em turnos prolongados, em um ambiente com forte disciplina operacional. Além disso, as condições climáticas no mar podem ser adversas, especialmente em plataformas localizadas em áreas sujeitas a ventos fortes e mar agitado.

Desgaste físico e mental

O confinamento, a limitação de espaço e a convivência contínua com a mesma equipe exigem resiliência e equilíbrio emocional. Por isso, a maioria das empresas mantém programas de acompanhamento psicológico e ações voltadas ao bem-estar da tripulação.

Leia mais: Essas são 15 profissões para quem gosta de aventura
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Qual é a melhor profissão para trabalhar embarcado?

O trabalho embarcado reúne uma ampla variedade de profissões, que vão desde funções técnicas até cargos de comando e gestão. A escolha da melhor profissão depende dos interesses pessoais, da formação acadêmica e do nível de responsabilidade que o profissional deseja assumir a bordo.

Entre as carreiras mais comuns e valorizadas no setor estão:

  • Oficial de Náutica e Oficial de Máquinas: responsáveis pela operação segura da embarcação e pelo gerenciamento dos sistemas mecânicos.
  • Engenheiro Naval: atua no projeto, construção e manutenção de embarcações e estruturas marítimas.
  • Técnico em Mecânica ou Eletrônica: realiza a manutenção de motores, equipamentos e sistemas elétricos embarcados.
  • Marinheiro de Convés: auxilia nas operações de navegação e na manutenção geral da embarcação.
  • Técnico em Segurança do Trabalho: garante o cumprimento das normas de segurança e dos procedimentos preventivos.
  • Médico e Enfermeiro Offshore: prestam assistência médica à tripulação e monitoram condições de saúde a bordo.
  • Cozinheiro Marítimo: prepara e administra a alimentação da equipe durante o período de embarque.
  • Radioperador: gerencia as comunicações da embarcação.
  • Geofísico Marinho e Químico de Petróleo: atuam em plataformas de exploração e monitoramento de processos.
  • Operador de ROV (Veículo Operado Remotamente): controla equipamentos subaquáticos usados em inspeções e reparos.
  • Mergulhador Profissional: executa inspeções e manutenções subaquáticas em estruturas offshore.
  • Plataformista: auxilia nas operações de perfuração e no suporte às equipes técnicas.

Com diferentes níveis de qualificação e responsabilidade, cada função oferece possibilidades de crescimento na carreira — desde cargos operacionais até posições de supervisão ou comando.

Veja: Conheça tudo sobre o curso de Engenharia de Petróleo e Gás
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Qual o melhor curso para trabalhar embarcado?

A escolha do curso ideal para trabalhar embarcado depende da área de atuação desejada. Profissionais técnicos e engenheiros têm forte presença em operações offshore, mas há oportunidades também em saúde, alimentação, logística e manutenção.

De forma geral, os cursos que mais se destacam são aqueles ligados às engenharias, ciências náuticas e formações tecnológicas voltadas à indústria de petróleo e gás

Abaixo estão algumas das principais graduações e formações para quem pretende seguir carreira embarcada:

  • Engenharia de Petróleo: forma profissionais para atuar na exploração e produção de petróleo e gás natural, com foco em perfuração, reservatórios e logística de extração.
  • Engenharia Naval: capacita para projetar, construir e manter embarcações e estruturas marítimas, sendo uma das formações mais valorizadas do setor.
  • Engenharia Mecânica: voltada à operação e manutenção de sistemas mecânicos e hidráulicos embarcados.
  • Engenharia Elétrica: prepara o profissional para trabalhar com automação, controle e geração de energia em plataformas e navios.
  • Engenharia de Controle e Automação: essencial em embarcações e sondas modernas, onde há alto uso de sensores e sistemas automatizados.
  • Tecnologia em Petróleo e Gás: curso superior de curta duração e foco prático, direcionado às atividades da cadeia petrolífera.
  • Ciências Náuticas (EFOMM): oferecido pela Marinha do Brasil, forma Oficiais da Marinha Mercante nas áreas de Náutica e Máquinas; exige concurso público e inclui períodos obrigatórios de embarque.
  • Engenharia de Produção: embora mais ampla, contribui com conhecimentos em gestão, logística e processos industriais aplicáveis a operações offshore.
  • Oceanografia: prepara para atuar em projetos de monitoramento ambiental, pesquisa e apoio à exploração marítima.

Além das graduações, cursos técnicos em áreas industriais — como Mecânica, Eletrotécnica, Instrumentação, Química e Segurança do Trabalho — oferecem formação mais rápida e inserção facilitada no mercado.

Independentemente da escolha, é importante priorizar instituições reconhecidas pelo MEC ou credenciadas pela Marinha do Brasil, garantindo certificações aceitas pelas empresas do setor.

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